Viajar aos Lençóis Maranhenses está na lista de desejos de milhares de pessoas do Brasil e do mundo todo. Mas você já imaginou conhecer esse destino de um jeito surpreendente? A travessia a pé encanta visitantes que se desafiam a caminhar sobre as dunas entre o vilarejo de Atins, localizado no município de Barreirinhas, e a cidade de Santo Amaro.
Para os viajantes que dizem sim a essa experiência excepcional e que pode ser moldada de acordo com as necessidades de cada pessoa, muitos são os presentes: contato próximo com pessoas nativas que oferecem suas casas para hospedagens, lagoas pouco visitadas para ‘chamar de sua’, pores do sol memoráveis e noites sob o céu estrelado sem qualquer interferência de luz artificial.
Dicas essenciais para a sua travessia a pé
A travessia a pé é ainda mais esplêndida quando realizada entre os meses junho e setembro, quando as lagoas de água cristalina e de tons azuis e verdes estão cheias após o período chuvoso. Nesses meses, a chance de dias com precipitação também é muito menor, o que torna as condições climáticas ideais.
Como dito anteriormente, um ponto muito importante é que, ao contratar o seu passeio por meio de agências de viagem devidamente credenciadas – é obrigatório estar acompanhado de guia no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses -, é possível ajustar o número de dias de caminhada.
Geralmente, os roteiros são feitos entre 3 e 7 dias, mas tudo depende do seu preparo físico e até mesmo dias disponíveis para a experiência. Vale ressaltar que guias sempre indicam saídas nos períodos da manhã ou fim de tarde para evitar caminhadas nos momentos mais quentes do dia.
É muito provável que a agência passe uma série de dicas que vão tornar a sua experiência mais confortável, como ir com roupas de proteção solar e sapatilhas para caminhar sobre terrenos molhados. Em muitos trechos, é preciso atravessar lagoas e rios, e tirar o calçado a todo instante pode ser um incômodo, assim como caminhar com ele molhado.
Curiosidades e novas experiências
Um ponto muito interessante é que os trajetos são feitos de Atins para Santo Amaro. O objetivo é acompanhar o formato das dunas, já que na direção de Atins para Santo Amaro as formações de areia tem morros mais leves para subir. Se o percurso fosse invertido, os viajantes subiriam dunas muito mais altas e íngremes, o que tornaria a travessia a pé mais cansativa.
A definição do trajeto considera, ainda, os momentos do dia em que o sol e o vento não estarão diretamente na direção do rosto dos aventureiros. Isso é estratégico, pois evita a exposição direta da face ao sol, impede que o vento sopre areia nos olhos e que o próprio reflexo do sol sobre a areia alcance a visão dos turistas, guias e moradores.
As estadias são, para muitos viajantes, o momento mais especial para conhecer a rotina de pessoas nativas, e é tradicional dormir ou descansar nas pausas da travessia em redários. Esse estilo simples conecta as pessoas à natureza, o que faz muito sentido quando pensamos em um destino que foi reconhecido como Patrimônio Natural da Humanidade.
Existem dois povoados muito conhecidos para as pessoas que fazem a travessia a pé, são eles: Baixa Grande e Queimada dos Britos. Nesses locais, com poucas casas e poucos moradores, os turistas descansam, se alimentam, recarregam as energias, observam o céu estrelado e conhecem as histórias das pessoas nativas dos Lençóis Maranhenses.
Essas duas localidades são chamadas de ‘oásis’, pois em determinados pontos da caminhada é possível avistá-los rodeados de árvores da restinga, o que torna tudo ainda mais especial. De fato, a impressão que se tem é de que há miragens em meio aos campos de dunas do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.
Em resumo, a travessia a pé é um verdadeiro convite para conhecer os Lençóis Maranhenses de forma singela, natural, em suas formas mais preservadas. Por isso, ao marcar a sua viagem, não deixe de reservar alguns dias para essa experiência cheia de descobertas.
VM Empreendimentos
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